A Rodovia dos Tamoios (SP-099) foi construída pelo DER-SP, fazendo a ligação entre as cidades de São José dos Campos e Caraguatatuba.
Em 1957, no Governo Jânio Quadros, foi pavimentada usando-se o método denominado "Mixed in Place", popularmente conhecido como "virado". A pavimentação solucionou os problemas de excesso de pó e lama que, aliados à neblina constante, eram causa de graves acidentes. Em épocas de chuva, antes do asfalto, a estrada era praticamente intransitável.
Em 1967, o município de Caraguatatuba foi vítima de uma catástrofe que destruiu o trecho em serra, sendo necessária a reconstrução da rodovia. Estas obras, realizadas já com moderna tecnologia e traçado, foram objeto de grande concentração de recursos e forças.
Em 1970, o DER executou significativos melhoramentos de traçado (planta e perfil) entre São José dos Campos e Paraibuna. Com a inundação provocada pelo enchimento da Barragem Paraibuna - Paraitinga, e consequente prejuízo ao trecho de Paraibuna até o alto da serra, a reconstrução da rodovia ficou a cargo da CESP (Companhia Energética de São Paulo), sob coordenação do DER.
A denominação Rodovia dos Tamoios foi realizada através da Lei nº 1796, de 18 de outubro de 1978, e constitui referência histórica ao nome de uma tribo indígena que habitava o litoral norte paulista e o litoral fluminense.
Cidades que cortam a Rodovia
São José dos Campos, Caraguatatuba, Jambeiro e Paraibuna
Nova Tamoios
Obra aumentará a fluidez do trânsito e a segurança de automóveis, ciclistas e pedestres
Com a Nova Tamoios ficará mais fácil acessar as belezas naturais das praias do Litoral Norte do Estado de São Paulo. Ágil, segura e moderna, a obra vai reduzir o tempo de locomoção e facilitar a vida da população local e dos turistas que desfrutam dos encantos da região.
Referir-se aos índios tupinambás que habitavam, por volta do século XVI, o litoral norte do estado de São Paulo e o litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Eram aproximadamente 70.000 pessoas.
Referir-se à aliança de povos indígenas brasileiros do século XVI, liderada pela nação tupinambá, que congregava também os goitacás, guaianás e aimorés.
Confederação dos Tamoios
A aliança de tribos indigenas conhecida como Confederação dos Tamoios foi motivada pelos ataques dos portugueses e mestiços vicentinos liderados por João Ramalho e pelo cacique Tibiriçá, que procuravam capturar escravos entre os indígenas para trabalhar nas primeiras plantações de cana-de-açúcar em São Paulo.
A aliança foi formada em 1560 por três experientes caciques tupinambás e mais algumas aldeias das etnias goitacás, guaianás e aimorés, com o claro objetivo de dar combate aos portugueses (por eles chamados de "perós") e às tribos que os apoiassem. Por décadas, os tamoios foram a única resistência organizada contra a colonização portuguesa. Segundo relatos dos jesuítas, os tamoios obtiveram memoráveis vitórias utilizando-se de 160 canoas, algumas delas com 13 metros de comprimento e 30 tripulantes.
O líder de maior autoridade dentro da coalizão era o cacique tupinambá Cunhambebe. Enquanto ele viveu, a coalizão antilusa foi bem sucedida, tendo recebido, inclusive, apoio logístico e alguns contingentes franceses. Consta que, na aldeia de Cunhambebe, no sítio da atual cidade de Angra dos Reis, havia, no meio da taba, uma peça de artilharia dada pelos franceses. Os jesuítas dão conta de que o cacique atirava com um canhonete por sobre o ombro. Operacional ou mero enfeite, ela seria uma evidência do poder dos tamoios.
A coalizão só foi enfraquecida pela saída dos guaianases, que fizeram um acordo em separado com os jesuítas. Em 1567, os portugueses e os temiminós destruíram a França Antártica, apesar da ajuda da Confederação dos Tamoios aos franceses (por eles chamados de "maíres"). Os remanescentes franceses e tamoios fugiram para a região da atual cidade de Cabo Frio. Os franceses derrotados retornaram à Europa, mas os tupinambás prosseguiram seus ataques à recém-fundada cidade do Rio de Janeiro.
Finalmente, em 1575, uma força expedicionária de quatrocentos lusos e setecentos nativos catequizados de várias etnias cercaram a região de Cabo Frio por terra e mar. Os tupinambás tamoios se renderam e entregaram suas armas, mas os portugueses massacraram todos os índios desarmados. Foi o fim da Confederação dos Tamoios. Os goitacás prosseguiram a luta sozinhos por vários anos em torno da atual cidade de Campos dos Goytacazes.
Mirante da Rodovia dos Tamoios
Se você está vindo do litoral de São Paulo para São José dos Campos pela rodovia dos Tamoios saiba que há um mirante na represa de Paraibuna onde há área de observação com vista panorâmica do reservatório, sombra, bancos e banheiros.
Mapa da Rodovia dos Tamoios
Planalto
O trecho foi duplicado pela DERSA - Desenvolvimento Rodoviário S/A. São quase 50 quilômetros de vias sob administração da Concessionária Tamoios.
Serra do Mar
O trecho existente também está sob administração da Concessionária Tamoios e, desde 2015, conta com obras de melhorias e duplicação. Tudo para garantir muito mais segurança para os usuários da rodovia.
Contornos
Os Contornos Norte e Sul, também chamados de Contorno de Caraguatatuba e Contorno de São Sebastião, são vias atualmente em obras sob coordenação da DERSA que, tão logo concluídas, serão administradas pela Concessionária Tamoios.